A nossa terra...

 

Distância: 5 Km à sede do concelho

Área: 1261 ha

População: 4069 habitantes (2001)

Wiki Pampilhosa-Revisitada

Pampilhosa, também conhecida por Pampilhosa do Botão, é uma vila do Concelho da Mealhada, distrito de Aveiro.

A Assembleia da Republica por deliberação do seu plenário em 9 de Junho de 1985 elevou a Pampilhosa à categoria de vila. Ali está situado um dos maiores entroncamentos ferroviários do país.

A mais antiga referência ao topónimo Pampilhosa ou Pampiliosa, conhecido, data de 28 de Junho de 1117 e refere-se ao testamento da doação da vila da Pampilhosa ao Mosteiro de Lorvão.

Tem um vasto património histórico e cultural.

 

O Brasão da Pampilhosa

 

  Foi estreado a 14 de Julho de 1991 no decorrer das cerimónias de geminação entre Pampilhosa e Courcoury, a bandeira, brasão e selo da vila de Pampilhosa. Nele constam os seguintes elementos:

  • cores: branca e verde ( cor do manto da padroeira Santa Marinha)

  • símbolos: cachos de uvas, simbolizando a Bairrada região onde a Pampilhosa está inserida.

  • dois báculos: representando o passado da vila na sua ligação ao mosteiro de Lorvão e também Vacariça.

  • locomotiva do caminho de ferro: simbolizando o progresso que este representou para a Pampilhosa; e indica elementos que mostrassem a indústria das suas fábricas, como: roda dentada, chaminés ou outros elementos afins devidamente justificados.

 

Locais de interesse

FONTE DO GAROTO

Cerca de 1912 foi criada na Pampilhosa uma comissão para adquirir um fontenário, comissão essa que incorporava o escultor António Teixeira Lopes.

Assim um dia ao passar na ribeira de Gaia, Teixeira Lopes encontrou um garoto aguadeiro dos descarregadores de carvão, figura gaiata a quem convidou para que o visitasse.

No dia seguinte e acompanhado pela sua mãe apareceu, todo aperaltado. Teixeira Lopes ficou desiludido por não estar na figura em que o tinha visto, recomendado à sua mãe que não queria assim o rapaz tão arranjado, mas como andava na descarga do carvão. Essa  figura serviu de modelo para o marco fontenário.

Na altura da 2ª guerra mundial foi roubado mas devido ao seu elevado peso não o conseguiram arrastar mais de 400m. Recuperado foi posto novamente no sitio onde se encontra até agora. 

Algumas pessoas chama-lhe “Preto” por desconhecerem o porquê do material utilizado pelo escultor confundindo a cor da pele com o material, não o associando ao trabalho que aquela criança, nesse tempo, já realizava com aquela idade.

 

CASA RURAL QUINHENTISTA 

 Na Pampilhosa existe uma casa, que como o nome indica, data da era quinhentista e que é um dos principais monumentos do património histórico da Pampilhosa.

No interior pode ver-se vários utensílios usados antigamente desde carros de bois, carroças, cangas, cangalhos, tamoeiros, apeaças, brochas e assogas. Todo este material servia para que os referidos meios de transporte de géneros agrícolas fossem puxados pelos mansos e possantes bois.

Também se podem ver objectos agrícolas como noras, charruas, arados, enxadas etc… Também se podem ver vários trajes que são usados no Rancho Folclórico da Pampilhosa e também alguns outros trajes que fizeram parte da Expo 98 em Lisboa.Nesta casa também se pode ver o museu do porco. 

 

MUSEU DO PORCO

 Por iniciativa do GEDEPA (grupo etnográfico de defesa do património e ambiente da região da Pampilhosa) foi criado na Pampilhosa na casa Quinhentista um núcleo museológico dedicado ao estudo e representação do porco. A ideia assenta nas características da região onde se consome e apresenta e apresenta aos visitantes e turistas o magnifico prato de leitão à moda da Bairrada.

Neste Museu pode ver-se uma enorme colecção de porcos em barro.

 A ANTIGA IGREJA DA PAMPILHOSA

Num local situado a cerca de 200 metros da actual povoação existe, ainda hoje, a denominada igreja-velha. Existem as fundações da que teria sido a antiga igreja matriz da freguesia da Pampilhosa.

Não se sabe porque vicissitudes, do tempo ou dos homens, teria desaparecido, pois são poucos os vestígios que nos restam. No local têm aparecido sepulturas e ossadas e ainda moedas antigas cujo paradeiro se desconhece.

Presume-se que nos fins do século XVI estaria em ruínas ou seria  pequena para a população em desenvolvimento.

Quando aos Ermitãs de Santo Agostinho do colégio da Graça de Coimbra receberam do Bispo D. João Soares a doação desta freguesia em 1557, e um século depois construíram a actual igreja parte do material foi transportado e entregue nas obras do novo templo, como se pode verificar na demolição das escadas do púlpito, onde apareceram várias pedras trabalhadas e está actualmente no Museu Etnográfico de Pampilhosa. Igualmente a pia baptismal e a pia de água benta a porta lateral da actual igreja seriam provenientes do antigo templo. Também as imagens de pedra da padroeira – Santa Marinha- gótica século XV/XVI e mais três imagens de São Pedro, São Paulo e São Francisco, algo mutiladas teriam a mesma proveniência.

 

A CAPELA DO SENHOR DO LOMBO 

 A capela do Senhor do lombo, ou Senhor dos Aflitos, situava-se outrora num local diferente, não longe do actual – ficando precisamente onde passa a estrada – entre o velho Freixo e o Coreto da Filarmónica, na parte alta da Pampilhosa.

Fechava assim um pequeno largo, o largo do Freixo.

Quando em 1900 foi aberta a estrada, que passou a dar ligação à estação do Caminho de Ferro e ao novo Bairro do Entroncamento.

A capela foi demolida para dar lugar a essa estrada e, transferida para o local onde está actualmente.

Perdeu bastante a sua beleza pois a antiga configuração diferente, era uma capela octogonal, segundo tes

temunhas da época não se sabe qual a data da sua construção, mas com a semelhança que tinha com a Capela do Cruzeiro da Vacariça, será talvez da mesma época dos meados do século XVIII.

A CAPELA DA VERA CRUZ

 

 Na estrada antiga da Pampilhosa, que seguia para Coimbra, no sítio denominado ”alqueve“, encontra à sua direita o meio caminho entre Pampilhosa e Botão, as ruínas da mais antiga capela da freguesia – a Capela da Vera Cruz.

Fica situada numa zona de vinhedos, não há memória da sua construção que é robusta com paredes grossíssimas (1.30m) que ainda subsistem apesar dos séculos e do abandono.

Hoje estranha-se que a sua construção tenha sido feita num lugar tão isolado, mas a estrada, que lá existe há séculos, era capaz de ser a única que dava ligação entre Pampilhosa e a sede do concelho, naquele tempo, Coimbra. Não se sabe quem foi o fundador nem qual a sua data, pensa-se que data do princípio do século XV.

 

Costumes e tradições

 ” SANTA MARINHA…….A NOSSA PADROEIRA“

 No dia 18 de Julho começa a festa de Santa Marinha e dura 5 dias. A lenda conta que a nossa padroeira viveu na época dos Romanos.

Sua mãe quando soube que eram nove meninas, com medo pediu à criada que as afogasse.

Ela como era uma boa cristã salvou-as e foi baptiza-las e foram entre as famílias cristãs.

Durante uma perseguição foram interrogadas e contaram toda a verdade. Acabaram por ir viver para os palácios dos pais, mas continuaram a ter fé em Deus. Depois disto conta a lenda que numa noite em quanto rezavam lhes apareceu um anjo e guiadas por uma luz saíram do palácio sem que ninguém as visse.

Depois separaram-se as irmãs e Santa Marinha foi para a Galiza trabalhar em casa de uma lavradeira.

Perseguida por ser cristã foi presa, bateram-lhe e rasgaram-na com pentes de ferro. Foi curada por um anjo, continuou com a sua fé e por isso queimaram-na com um ferro em brasa. Conseguiu salvar-se do afogamento, foi metida numa fornalha a arder e só morreu quando foi degolada por um carrasco.

Santa Marinha e as suas irmãs sofreram muito mas mostraram sempre coragem e fé.

 
 

A Queima do Judas

A Queima do Judas é uma das tradições da Pampilhosa, onde se fazem bonecos para representarem pessoas. Nos bonecos metem-se versos que dizem o que as pessoas fizeram de mal durante o ano. A Queima do Judas é realizada no dia de Páscoa. De madrugada, grupos de pessoas juntam-se para escreverem os versos, fazerem os bonecos e colocarem-lhes as bombas. Ainda durante a noite o espectáculo é montado junto ao coreto, ao lado da escola. Os bonecos são pendurados, pelo pescoço, em ramos de figueira, onde ficam até de manhã. De manhã juntam-se muitas pessoas que fazem uma grande algazarra, para lerem os versos e para assistirem ao espectáculo que vem a seguir. Finalmente, os bonecos são incendiados, rebentando as bombas com um grande barulho e confusão.    

 Trabalho realizado por: André Pessoa Coelho, 4º Ano de Escolaridade 08/09 da EB1 n º1 da Pampilhosa

 As «Maias» e os «Maios»

 

 ”O 1º de Maio é o Dia das Maias e comemora-se em Portugal, de um modo geral, pela oposição das «Maias», ou seja, de giestas ou flores, sob diversas formas, em portas e janelas e noutros locais. Ao contrário de outras regiões, em Trás-os-Montes surge ao lado de outras práticas, que são independentes mas de significações convergentes.(…)

    A origem da tradição das Maias perde-se no tempo e pode ter várias explicações. Segundo alguns, a Maia era uma boneca de palha de centeio, em torno do qual havia danças toda a noite do primeiro dia de Maio. Por vezes, podia ser também uma menina de vestido branco coroada com flores, sentada num trono florido e venerada, todo o dia, com danças e cantares. Esta festa, de reminiscências pagãs, foi proibida várias vezes, como aconteceu em Lisboa no ano de 1402, por Carta Régia de 14 de Agosto, onde se determinava aos Juízes e à Câmara "que impusessem as maiores penalidades a quem cantasse Maias ou Janeiras e outras coisas contra a lei de Deus...". Ainda segundo outros, o nome do mês de Maio terá tido origem em Maia, mãe de Mercúrio, e a ele está ligado o costume de enfeitar as janelas com flores amarelas. (…)

    Hoje em dia ainda é possível observar em algumas zonas do nosso país, a colocação de ramos de giestas em flor, ou até mesmo coroas feitas de ramos de giestas, conjuntamente com outras flores e enfeites coloridos, nas portas e janelas das casas ou nos automóveis, na noite de 30 de Abril para 1 de Maio.“ Fonte: https://www.cm-mirandela.pt

 

Coreto enfeitado com as "maias" - Pampilhosa alta

 

Giestas ou "maias"

Dia da Ascenção (Feriado do Concelho)

A Quinta-feira da Ascensão é uma festa religiosa católica. Celebra a ascensão de Jesus ao Céu, depois de ter sido crucificado e de ter ressuscitado (A Ressurreição é o que a Páscoa celebra). Este dia (a Ascensão) ocorre cerca de quarenta dias depois da Páscoa, e é sempre a uma quinta-feira. E, também, sempre nessa data, celebra-se o Dia da Espiga ou Quinta-feira da Espiga.

 

”O Gaiteiro“

O Gaiteiro é uma das tradições da Pampilhosa quando há festa ele percorre as ruas da Pampilhosa tocando várias músicas.

O Gaiteiro é um conjunto de figuras muito características da nossa etnologia regional, já que se instalou desde há longa data, onde ainda permanece, em toda a região de Coimbra, incluindo o sul da Bairrada.

O conjunto de gaiteiro é constituído por três tocadores: de gaita de foles (e daí o nome) que é o instrumento essencial por executar a melodia, de bombo e de caixa instrumentos que marcam o ritmo.

 

"Enterro do bacalhau"

 

 O enterro do bacalhau é uma tradi ção que tem lugar no Sábado de Aleluia para celebrar o fim das privações, incluindo as gastronómicas, que tinham lugar na Quaresma. O enterro do bacalhau ou julgamento do bacalhau é a manifestação teatral com um cortejo fúnebre que ocorre em diversas regiões de Portugal.  "   innn       (origem       (origem: Wikipédia)

ver mais em O “Enterro do Bacalhau”